Time

quinta-feira, 10 de março de 2011

Avesso

Eu brinco muito...mas também sou mistério.
Nossas armas, nossas defesas.
Transbordo de tanto ferver.
Eu te olho sem te ver.


Eu te percebo de longe
já faz tempo.
As coisas acontecem quando tem que acontecer.
Cada qual no seu tempo
e somos amantes de nós mesmo
a principio,
depois ao próximo.
Te adorar me atrai.
Mas me atrai mais ainda me ver nisso tudo.
Adoraria pedir emprestado poesias,
partes de canções...
Dizer-te coisas malucas, sem sentido.
Só pra te ver sem graça.
Para deixar-te sem jeito.
Não temos culpa do acaso, nem do caso chamado atração.
Eu, oposto, aposto teu nome no meu.
Eu apanho seu cheiro e digo com fervor sou teu pó, teu chão, teu endereço.
Sou teu avesso tão igual.
Que passo, que passo, quem sabe um dia posso.
Um dia sonho, e não conto por cuidado.
Que tal a gente juntar tudo numa coisa só?
Teu andar de boa moça, meu olhar de mistério, apanhar teu tédio e dizer adeus aos espaços.
Porque ser teu laço nesse embaraço escurece tudo e me encurto.
Fujo do teu olho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário